O Brasil de dimensões continentais que já foi de fato e de direito, e por muito tempo, a oitava economia do planeta Terra e por menor período a sexta economia planetária, do dia 13 de março de 2020 para cá, quando mulheres e homens nos quatro cantos do mundo começaram a perder suas vidas para o invisível e verdadeiro inimigo da humanidade, o coronavírus, cidadãs e cidadãos do resto do mundo se decepcionaram quando perceberam o mais poderoso governador do país atacar o presidente e vice-versa.
Os países mais desenvolvidos, ao observarem a grande crise incontrolável que poderá ser a pior das catástrofes de todos os tempos, logo se preveniram e compraram e pagaram adiantado milhões e milhões de vacinas para salvar seus países. Enquanto isso, a maioria dos 5570 líderes municipais, bem como parte significativa dos 27 governadores, atacaram o comandante em chefe da nação brasileira de forma impiedosa. Preocuparam-se tão e somente com os holofotes.
A mídia amestrada e corrupta, que com duas ou três publicações em determinada emissora que tem o poder e o costume de derrubar ministros e presidentes, não reagiu como deveria para salvar do caos os 210 milhões de brasileiros. Nunca houve em nosso país verde, amarelo, azul e branco tanta gente passando fome, nas ruas, sem teto para morar, tantos suicídios, depressivos ao deus-dará e desempregados a torto e a direito. Pela manhã, nas belas tardes do Brasil varonil e ao cair da noite: Tem gente com fome, tem gente com fome! Nunca tivemos uma economia tão fragilizada e os poderosos da nação sem rumo e no aguardo talvez dos saques aos supermercados, mercearias e nos botecos dos diversos brasis.
Enquanto isso, nos dias atuais e em todos os cantos, está morrendo gente e estamos vivendo os momentos mais difíceis da pandemia. Ainda assim, os jornalões fingem que estão com o povo e se mostram solidários no final de cada uma de suas edições e se desculpam: estamos solidários com as famílias dos 299 mil mortos; 303 mil mortos; 313 mil motos; 330 mil mortos. Quando isso vai parar? A Nova York brasileira anuncia agora mil mortes ou mais por dia. A terra da garoa, que não garoa mais, não é a mesma e seu povo quer trabalhar e não pode! Lamentavelmente nossos dirigentes, na busca dos holofotes, se engalfinham numa disputa política visando à sucessão em 2022.
A FADESP – Federação Nacional dos Advogados, Estagiários e Bacharéis, indignada, protesta pela cooperação entre os entes federativos na busca de minorar o sofrimento da população brasileira. Se esquecem os pretendentes de que em primeiro lugar precisamos enfrentar o verdadeiro inimigo, que é o VÍRUS. Até porque esses senhores precisam se conscientizar de que o vírus não respeita ninguém.
Basta ver que já perdemos três senadores da República, portanto, qualquer um de nós poderá ser atingido. Nessa linha, o enfrentamento do vírus é dever de sobrevivência de todos, máxime das autoridades que têm a responsabilidade de dirigir o país nas três esferas de poder. Vamos pôr um ponto final nessas disputas políticas mesquinhas visando ao comando da nação. Mesmo porque, nenhum dos contendores sabe quem será o próximo a ser vitimado pelo vírus. Assim, necessária se faz a união de todos pela própria sobrevivência e extermínio do maldito vírus que tem várias cepas. E que após a vitória em relação ao vírus, possamos com tranquilidade disputar o comando dos municípios, dos estados e do país. Antes disso, não.
Todas as forças devem se unir num único e definitivo sentido para vencermos essa PANDEMIA que não é nossa, mas do MUNDO. Destarte, chega de querer arranjar culpados, pois todos estamos sofrendo. A crise econômica é a pior de todos os tempos e se instala de uma forma que nos dá a entender que não teremos controle. Já tivemos quatro ministros da Saúde e cada vez a crise de agrava, pois o país não fala a mesma língua. O certo é que, mesmo que tenhamos pensamentos diversos, precisamos de uma união nacional pelo controle efetivo da pandemia da Covid 19 no Brasil.
Quem sabe agora, relembrando o profeta persa Bahá’ulláh, tudo não se acalme? Precisamos urgentemente da unidade na diversidade, pois como está, a tendência é aumentar o número dos mortos e de diversas formas: mais de 330 mil de Covid, milhares de fome, os suicidas e os mortos por meio de uma guerra civil, que analistas sociais do Brasil e fora dele sabem que pode ser real. Tudo pode acontecer neste sentido e é importante lembrar que no passado o líder carismático narcisista Mao Tse-Tung matou 45 milhões de fome. Aliás, o que infelizmente já ocorre, não nas mesmas proporções mas, pelo andar da carruagem, dá para se imaginar, pois repetimos: está morrendo gente!
A FADESP conclama todos os brasileiros, principalmente nossos dirigentes, que deixem as mesquinharias para trás e nos unamos no combate dessa praga que está destruindo os lares brasileiros com mais de 300.000 mortos, sem distinção de etnia, cor, idade, credo, sexo ou religião. E mais, não enxergamos em outros países a crise tão grande entre prefeitos, governadores, parlamentares de todos os níveis, a magistratura e o poder central representado pelo presidente da República. Os irresponsáveis da nação, sem compromissos com o país, agridem o poder central de forma impiedosa. Por outro lado, não agridem a mídia que tem sua parcela de culpa, o que é triste, pois, ao contrário, deveriam somar para combater o verdadeiro inimigo, qual seja: o VÍRUS.
Nós brasileiros precisamos nos unir em defesa de nossa pátria. Precisamos de um mínimo de patriotismo. Não devemos praticar a autofagia, porquanto todos perdemos. Chega de acusar somente BOLSONARO, pois ele pode ter cometido os seus erros na administração de um vírus impiedoso e desconhecido, mas a hora é de união contra O VÍRUS. Este é universal e todos, sem exceção, precisamos combatê-lo com todas as nossas forças.
A VACINA está chegando e, bem ou mal, nossos irmãos estão sendo imunizados. Para finalizar: Deixemos as diferenças de lado e juntos vamos vencer essa maldita doença que atinge a humanidade!
Por Raimundo Hermes Barbosa – presidente da FADESP
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